Atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante parada cardiorrespiratória em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica: proposta de protocolo
Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal Fluminense. Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa to obtain the academic title of Mestre. Leader: Espírito Santo, Fátima Helena do
Dentre as diversas situações que podem ocorrer na unidade de terapia intensiva (UTI) e em outros ambientes hospitalares, indiscutivelmente nenhuma supera a prioridade de atendimento a parada cardiorrespiratória (PCR) e ações bem organizadas e planejadas diminuem as sequelas e influenciam nos resultados do atendimento. Os treinamentos também são importantes para identificação prévia da parada cardiorrespiratória. Segundo a American Heart Association, parada cardiorrespiratória (PCR) se define como irresponsividade (inconsciência), ausência de respiração (apnéia) ou presença de respiração agônica (gasping) e ausência de pulso central. Lembrando que o pulso só deve ser checado por profissional de saúde. Importante destacar que não devemos apenas saber abordar o paciente com PCR, mas também saber quando não iniciar as manobras de RCP. As UTIs Pediátricas em especial, são mais complexas do que as UTIs adultas, pois além de lidar com crianças extremamente graves com diferentes patologias, o profissional também tem que acolher e cuidar dos pais, sem deixar que os sentimentos despertados enrijeçam comportamentos tecnicistas dos profissionais, para evitar seu distanciamento do paciente. Embora a PCR seja evento passível de ocorrer em qualquer ambiente, de saúde ou não, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está entre os locais em que há maior ocorrência, pois essas unidades assistem pacientes gravemente enfermos e com instabilidade hemodinâmica.
O presente estudo tem como objeto a atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR na UTI pediátrica e como questão norteadora:
Como se caracteriza a atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR na UTI pediátrica? O estudo tem como objetivos: Elaborar um protocolo de atendimento assistencial para atuação da equipe de enfermgaem no manejo da PCR na UTI pediátrica; Caracterizar a produção científica sobre atuação do enfermeiro na PCR em UTI pediátrica e Discutir a atuação do enfermeiro na equipe de saúde durante PCR na UTI pediátrica. Trata-se de um estudo descritivo exploratório realizado em duas etapas: Revisão integrativa da literatura realizada entre março e maio de 2017, onde se buscou identificar evidências científicas sobre a atuação do enfermeiro na PCR em UTI pediátrica e Elaboração do protocolo de atendimento assistencial para atuação da equipe de enfermagem no manejo da PCR em UTI pediátrica. Os resultados indicaram que muitos são os fatores que influenciam no atendimento a vítima de PCR, porém manter atualizado o conhecimento técnico científico com relação a esse tema parece ser o principal fator para realizar um atendimento de rápido e sistematizado com a maior qualidade possível, como é preconizado pelas diretrizes da American Heart Association (AHA). Nesse contexto o enfermeiro é elemento importante devido à flexibilidade na sua atuação, seja ela gerencial ou assistencial, enquanto líder da equipe. O nível de conhecimento do enfermeiro e dos profissionais que atuam na PCR vai influenciar na sobrevida do paciente que é atendido. Entretanto, não foram encontrados estudos específicos sobre a atuação do enfermeiro e da equipe de enfermagem durante a PCR. Os estudos selecionados abordam principalmente aspectos relacionados ao treinamento e níveis de conhecimento desses profissionais sobre PCR e RCP e ferramentas tecnológicas, o que aponta lacunas do conhecimento para outras investigações. Assim, conclui-se o estudo com uma proposta de fluxograma que visa favorecer a sistematização do atendimento pelos profissionais durante PCR na UTI pediátrica
Among the several situations that can occur in an Intensive Care Unit (ITU) and in other hospital environments, indisputably none of them is a most importante priority as a medical care than the cardiorespiratory arrest (CRA). Consequently, well organized and planned actions can dicrease the numbers of sequelaes and can also influence in the results of the medical care. The training programns are also very importante for the previous identification of the cardiorespiratory arrest (CRA). According to the American Heart Association, the cardiorespiratory arrest (CRA) is defined as unresponsive (unconsciousness), lack of breathing (apnea) or the presence of agonal breathing (gasping respiration) and the lack of central pulses. Reminding that the pulse should only be checked by professionals of the health care area. Furthermore, it is importante to highlight that we should not only know how to approach the patient with CRA, but also know when not to procede with CRA maneuvers. The pediatric ICUs in special, are more complex than the adult ones, for in addition to dealing with extremely severe cases of children with different pathologies, the professional has also to accept and give support to the parents, without letting the affection of this relationship to tighten the technical behaviour of the professionals, avoiding creating a distance towards the patient. Although, the CRA is an amenable event in any environment, health care or not, the Intensive Care Unit (ICU) is among the places where it mostly occurs, once these units assist pacients extremely ill and with hemodynamic instability. The presente study has as his own object of reseach, the practice of the nurse in the health staff during a CRA in a pediatric ICU and as a main question: How is described the practice of the nurse in a medical staff, during a CRA, in a pediatric ICU? This study aims to: Develop a heath care protocol for the practice of the nursing staff in the handling of the CRA in a pediatric ICU; Define the scientific production among the practice of the nurse during CRA in pediatric ICU and Discuss the practice of the nurse in the health care staff during CRA in a pediatric ICU.