Validação clínica dos diagnósticos de enfermagem risco de recuperação cirúrgica retardada e recuperação cirúrgica retardada em pacientes de cirurgia cardíaca

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal Fluminense. Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa to obtain the academic title of Doutor. Leader: Santana, Rosimere Ferreira

Teve-se como objetivo geral da tese validar clinicamente os diagnósticos de enfermagem Risco de recuperação cirúrgica retardada e Recuperação cirúrgica retardada em pacientes de cirurgia cardíaca. Trata-se de uma coorte prospectiva, desenvolvida no Instituto Nacional de Cardiologia. Foram acompanhados 181 participantes. Foram oito as variáveis de risco analisadas no pré-operatório das cirurgias cardíacas com maior magnitude para o desenvolvimento do Diagnóstico de Enfermagem Recuperação cirúrgica retardada: cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea, sexo feminino, risco médio para mediastinite, diabetes mellitus, nível glicêmico ≥ 180 mg/dL, náuseas, infarto agudo do miocárdio prévio, Capacidade Funcional IV. Estas variáveis possibilitaram a inferência do Diagnóstico de Enfermagem Risco de recuperação cirúrgica retardada, na presença de pelo menos um desses fatores. Assim, 130 participantes tiveram a presença desse Diagnóstico de Enfermagem, enquanto que em 51 estiveram ausentes. Três variáveis de risco apresentaram significância estatística para proteção contra o desenvolvimento do Diagnóstico de Enfermagem Recuperação cirúrgica retardada, são eles: tipo de cirurgia troca/plastia de válvula aórtica, risco baixo para mediastinite e índice de massa corporal entre 25 a 29,9kg/m2 (indicando sobrepeso). A incidência do Diagnóstico de Enfermagem Recuperação cirúrgica retardada foi de 19,39%. Quanto às medidas de acurácia, desconforto e evidência na interrupção da cicatrização cirúrgica foram as mais acuradas para predizer a ocorrência de Recuperação cirúrgica retardada. A presença das características evidência na interrupção da cicatrização cirúrgica, perda do apetite e a variável arritmia benigna estiveram associados a um maior risco de os participantes desenvolverem Recuperação cirúrgica retardada por unidade de tempo entre aqueles que realizaram cirurgia cardíaca. O décimo dia de pós-operatório mostrou ser o mais crítico para a manifestação do Diagnóstico de Enfermagem Recuperação cirúrgica retardada, sugerindo que os pacientes que não apresentaram complicações até este dia já teriam tido alta, e, entre aqueles que continuaram internados, o Diagnóstico de Enfermagem Recuperação cirúrgica retardada fora inferido até este dia. Portanto, após estes 10 dias de pós-operatório, observou-se decréscimo até a não detecção do Diagnóstico de Enfermagem Recuperação cirúrgica retardada no 290 dia. A taxa de readmissão hospitalar até 30 dias após a alta hospitalar foi de 9,55%, por causas variadas, como arritmia cardíaca do tipo flutter atrial, bloqueio atrioventricular, tamponamento cardíaco, infecção de sítio cirúrgico em mediastino, infecção de sítio cirúrgico em safena, infecção de trato urinário, infarto agudo do miocárdio, crise de gota, desconforto respiratório, dor precordial e choque cardiogênico. Houve validade de indicadores clínicos para a identificação de retardo na recuperação em cirurgias cardíacas. A sobrevida do diagnóstico supera o tempo estimado para recuperação do paciente, e a problemática da readmissão dos pacientes de cirurgia cardíaca. Portanto, na prática clínica, recomenda-se a identificação dos Diagnósticos de Enfermagem Risco de recuperação cirúrgica retardada e Recuperação cirúrgica retardada como forma de organização da assistência de enfermagem perioperatória em cirurgias cardíacas
The general objective of the thesis was to validate clinically the nursing diagnoses Risk for delayed surgical recovery and Delayed surgical recovery in patients of cardiac surgery. It is a prospective cohort developed at the National Institute of Cardiology. 181 participants were followed. There were eight risk variables analyzed in the preoperative period of cardiac surgeries with greater magnitude for the development of the Nursing Diagnosis.

Delayed surgical recovery:

myocardial revascularization surgery with extracorporeal circulation, female sex, mean risk for mediastinitis, diabetes mellitus, glycemic level ≥ 180 mg / dL, nausea, previous acute myocardial infarction, functional Capacity IV. These variables enabled the inference of the nursing diagnosis Risk for delayed surgical recovery, in the presence of at least one of these factors. Thus, 130 participants had the presence of this nursing diagnosis, whereas in 51 they were absent. Three risk variables presented statistical significance for protection against the development of the nursing diagnosis.

Delayed surgical recovery are:

type of aortic valve replacement / surgery, low risk for mediastinitis, and body mass index between 25 and 29.9kg / m2 (indicating overweight). The incidence of the nursing diagnosis Delayed surgical recovery was 19.39%. Regarding the measures of accuracy, discomfort and evidence in the interruption of surgical healing were the most accurate to predict the occurrence of delayed surgical recovery. The presence of the evidence in the interruption of surgical healing, loss of appetite and the benign arrhythmia variable were associated with an increased risk of participants developing delayed surgical recovery per unit of time among those who underwent cardiac surgery. The tenth postoperative day proved to be the most critical for the manifestation of the nursing diagnosis. Delayed surgical recovery, suggesting that patients who did not present complications until this day would have already been discharged, and among those who remained hospitalized, the diagnosis of nursing Delayed surgical recovery has been inferred to this day. Therefore, after these 10 postoperative days, there was a decrease until the detection of the nursing diagnosis. Delayed surgical recovery at the 29th day. The hospital readmission rate up to 30 days after hospital discharge was 9.55%, for various causes, such as atrial flutter cardiac arrhythmia, atrioventricular block, cardiac tamponade, surgical site infection in the mediastinum, surgical site infection in the saphenous vein, urinary tract infection, acute myocardial infarction, gout crisis, respiratory distress, precordial pain, and cardiogenic shock. There were valid clinical indicators for the identification of delayed recovery in cardiac surgeries. The survival of the diagnosis exceeds the estimated time for recovery of the patient, and the problem of the readmission of cardiac surgery patients. Therefore, in clinical practice, it is recommended to identify the nursing diagnoses Risk for delayed surgical recovery and Delayed surgical recovery as a way of organizing perioperative nursing care in cardiac surgeries
Se tuvo como objetivo general de la tesis validar clínicamente los diagnósticos de enfermería riesgo de retraso de la recuperación quirúrgica y retraso de la recuperación quirúrgica en pacientes de cirugía cardíaca. Se trata de una cohorte prospectiva, desarrollada en el Instituto Nacional de Cardiología; se incluyeron 181 participantes. En el presente estudio se analizaron los resultados de la evaluación de los resultados de la evaluación de la calidad de los alimentos, glucometría ≥ 180 mg / dl, náuseas, infarto agudo de miocardio previo, capacidad funcional estadio IV. Estas variables posibilitaron la inferencia del diagnóstico de enfermería riesgo de retraso de la recuperación quirúrgica en la presencia de por lo menos uno de esos factores. Así, 130 participantes tuvieron la presencia de este diagnóstico de enfermería, mientras que en 51 estuvieron ausentes.

Las variables de riesgo presentaron una significación estadística para la protección contra el desarrollo del diagnóstico de enfermería de retraso de la recuperación quirúrgica:

tipo de cirugía: intercambio / plastia de válvula aórtica, riesgo bajo para mediastinitis e índice de masa corporal entre 25 a 29.9 kg / m2 (indicando sobrepeso). La incidencia del diagnóstico de enfermería sobre retraso de la recuperación quirúrgica fue del 19.39%. Las medidas de exactitud, incomodidad y evidencia en la interrupción de la cicatrización quirúrgica fueron las más precisas para predecir la ocurrencia del retraso de la recuperación quirúrgica. La presencia de las características evidentes en la interrupción de la cicatrización quirúrgica, pérdida del apetito y la variable arritmia benigna estuvieron asociadas a un mayor riesgo de que los participantes desarrollen el retraso de la recuperación quirúrgica por unidad de tiempo entre aquellos que realizaron una intervención cardiaca. El décimo día de post-operatorio mostró ser el más crítico para la manifestación del diagnóstico de enfermería retraso de la recuperación quirúrgica, sugiriendo que los pacientes que no presentaron complicaciones hasta este día ya habían tenido el alta, y, entre aquellos que continuaron internados, el diagnóstico de enfermería de retraso de la recuperación quirúrgica fue inferido hasta este día. Por lo tanto, después de estos 10 días de postoperatorio, se observó decremento hasta la no detección del diagnóstico de enfermería: retraso de la recuperación quirúrgica en el día 29. La tasa de readmisión hospitalaria hasta 30 días después del alta hospitalaria fue del 9,55%, por causas variadas, como arritmia cardiaca del tipo flutter auricular, bloqueo auriculoventricular, taponamiento cardíaco, infección de sitio quirúrgico en mediastino, infección de sitio quirúrgico en zafena, infección de tracto urinario, infarto agudo de miocardio, crisis de gota, dificultad respiratoria, dolor precordial y shock cardiogénico. Se verificó la validez de indicadores clínicos para la identificación de retraso en la recuperación en cirugías cardíacas. La supervivencia del diagnóstico supera el tiempo estimado para la recuperación del paciente, y la problemática de la readmisión de los pacientes de cirugía cardíaca. Por lo tanto, en la práctica clínica, se recomienda la identificación de los diagnósticos de enfermeira: riesgo de retraso de la recuperación quirúrgica y retraso de la recuperación quirúrgica como forma de organización de la asistencia de enfermería perioperatoria en cirugías cardíacas

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