Influência da alimentação e nutrição do recém-nascidos de muito baixo peso a partir do segundo semestre de vida

Publication year: 2016

Introdução:

O leite materno(LM)é o primeiro alimento do recém-nascido(RN), sendo de grande importância para o seu desenvolvimento por se adequar totalmente as suas necessidades,sendo capaz de nutrir,de modo adequado,as crianças nos primeiros seis meses de vida.Nos recém-nascidos prematuros (RNPT) o LM tem importante função imunológica e de maturação gastrintestinal, proporcionando menor incidências de infecções e morbidades perinatais, contribuindo diretamente para um menor tempo de internação.

Objetivos:

observar a alimentação e nutrição de RNPT em UTI neonatal e aos seis meses de vida, verificar se houve continuidade do aleitamento materno e a possível relação com a necessidade de reinternação pós alta e a presença de intercorrências infecciosas.

Metodologia:

Trata-sede um estudo transversal,retrospectivo do tipo interrelacional. Foi realizada no ambulatório do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha,em crianças de ambos os sexos,com seis meses de idade, prematuras que precisaram ficar internados na UTI neonatal e estejam em acompanhamento ambulatorial. Aos seis meses,foi feita avaliação antropométrica com analise em curvas de crescimento .A partir de um questionário foram coletados dados de alimentação, amamentação e informações quanto ao estado de saúde das crianças até o presente momento.A partir dos prontuários foram coletados dados do período de internação no que se refere a amamentação e crescimento do RN.

Resultados:

Foram estudadas 25 crianças.No período da internação houve piora da curva de crescimento no que se refere ao peso e comprimento, porém no momento da consulta demonstraram adequação na curva de crescimento referente a todos os parâmetros antropométricos. Ao comparar as crianças em relação a presença de patologias após a alta hospitalar e a presença de aleitamento exclusivo em seio materno, o teste de Mc Nemar mostrou discordância significante entre os grupos. (P= 0,0490). Dos fatores estudados, o que apresentou o maior fator de inadequação foi referente da alimentação (P= 0,0011).

Discussão:

No nascimento, ocorre um aumento do seu gasto energético para manter novas funções vitais fora do ambiente uterino, ocorrendo assim perda de peso que apresenta intensidade e duração inversamente relacionada à IG e ao PN e diretamente relacionada à gravidade do quadro neonatal. A recuperação do crescimento “Catch-up” com aumento da velocidade de crescimento, ocorre após um período de crescimento lento ou ausente, permitindo recuperar a deficiência prévia. O LM tem fatores de proteção contra gastrenterites e na indução da resposta contra patologias do trato respiratório.

Conclusão:

Sugerese com este estudo que a amamentação com leite materno é um importante fator de proteção de patologias infecciosas no segundo semestre de vida de recém-nascidos prematuros, contribuindo para menores índices de infecções frequentes, e assim prevenindo a necessidade de reinternação após alta neonatal. Independentemente do tipo de aleitamento, os lactentes obtiveram adequação da curva de crescimento antes de completar o primeiro ano de vida. (AU)

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