Publication year: 2018
INTRODUÇÃO:
A terapia intravenosa surge como um recurso terapêutico comumente utilizado no cuidado a neonatos de alto risco e a equipe de enfermagem possui uma interface de destaque no que se refere à execução da técnica de punção venosa periférica, inserção, manutenção e retirada. O grande desafio está relacionado com a manutenção destes cateteres por maior tempo, visto as particularidades desta clientela, tais como fragilidade capilar e a vulnerabilidade fisiológica e clínica. O Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) surgiu como uma alternativa de acesso venoso estável e eficaz para neonatos criticamente enfermos, tornando-se vantajoso, pois permite reduzir a frequência de punções intravenosas, consequentemente, minimiza procedimentos invasivos, o estresse e o desconforto do neonato. OBJETIVO:
Verificar as práticas de enfermagem no manuseio do PICC em neonatos na unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital da zona norte da cidade de São Paulo. MÉTODO:
Foi realizado um estudo descritivo e exploratório de caráter quantitativo. Foram incluídos no estudo todos os profissionais de enfermagem que aceitaram participar do estudo. Os dados foram coletados através de dois questionários que analisaram o conhecimento e pratica da equipe de enfermagem quanto ao Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) na unidade neonatal do hospital de referência. RESULTADOS:
A coleta de dados ocorreu no período de maio a setembro de 2017. A amostra foi constituída por 40 profissionais de enfermagem, sendo 23 auxiliares de enfermagem, 6 técnicos de enfermagem e 11 enfermeiros. Dos 11 Enfermeiros entrevistados 100% afirmaram que é licito ao Enfermeiro a inserção do PICC. Quando ocorre a obstrução do cateter 83% respondeu que utiliza solução Salina 0,9 % para realizar a desobstrução e 17% respondeu que não se devem realizar manobras de desobstrução. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Os resultados apresentados nesta pesquisa permitem concluir que a equipe de enfermagem apresenta um conhecimento compatível com a literatura, todavia, ainda existem desencontros entre o conhecimento acumulado pela equipe e o realizar dessa técnica. Verificou-se que há necessidade de atualização e aperfeiçoamento constante da equipe de enfermagem, sobre essa prática, para que a construção e manutenção desse conhecimento garantam a qualidade e segurança da assistência.(AU)