Publication year: 2018
Introdução:
As condições de nascimento da criança estão dentre os fatores que podem interferir negativamente no processo de amamentação. O período de nascimento entre a 34ª semana e 36ª semana gestacionais denomina-se prematuridade tardia, no qual o bebê está mais propenso a apresentar algumas afecções, sendo uma delas a dificuldade alimentar, em decorrência da imaturidade neurológica e dificuldades motoras orais, por exemplo, que por sua vez refletem na amamentação. Objetivo:
Verificar a prontidão de recém-nascidos prematuros tardios para alimentação por via oral e avaliar a mamada. Método:
Foi conduzido um estudo observacional. Participaram 35 recém-nascidos prematuros tardios nascidos no período da coleta de dados, internados na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCO) ou Alojamento Conjunto, do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva – Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha, e suas respectivas mães. A coleta de dados foi realizada através da aplicação do protocolo de Avaliação da prontidão do prematuro para início da alimentação oral e Formulário de Observação e Avaliação da Mamada. Resultados:
Em relação ao protocolo de Avaliação da prontidão do prematuro para início da alimentação oral foi observado que os menores escores foram relativos ao item Reflexos orais e Estado de Organização Comportamental; nenhum dos RNPT tardios avaliados apresentaram o escore total do protocolo. Em relação ao Formulário de observação e avaliação da mamada foram observados sinais de possível dificuldade em 74% das duplas sendo os sinais mais prevalentes “ Mama segurada com dedos na aréola”, “ Pescoço/cabeça do bebê girados ao mamar”, “ A boca do bebê não está bem aberta” e “ Sinais do reflexo de ocitocina não são percebidos”. Conclusão:
A prematuridade tardia pode ser associada a não-prontidão para alimentação por via oral e a presença de dificuldade em relação a amamentação.(AU)