A promoção da saúde e bem-estar da mulher, recém-nascido, criança e adolescente é um factor determinante para a redução da pobreza e uma das estratégias-chave para alcançar a meta de ter uma população saudável e produtiva no país (MPD, 2014; MISAU, 2013). As estimativas nacionais sobre saúde ocultam disparidades existentes entre os sub-grupos populacionais, particularmente os mais desfavorecidos e vulneráveis e o pesodos determinantes sociais, especialmente sobre mulheres e crianças em Moçambique. As desigualdades na saúde são multifacetadas e incluem diferenças sócio-económicas em relação ao nível de escolaridade, local de residência, rendimentos, de género e diferenças socioculturais. Estas desigualdades também são identificáveis em populações e grupos vulneráveis (Medeiros, 2012; Nunes et al., 2001). Moçambique comprometeu-se em alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relativos a saúde da mulher, da criança e adolescente até 2030, especificamente na redução da taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos e assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva (MEF, 2017; Together, 2016). As metas preconizadas no âmbito dos ODS implicam a necessidade de uma avaliação sistemática dos determinantes sociais de saúde e bem-estar da mulher, criança e adolescente, para permitir a formulação de políticas de saúde oportunas, optimizadas e informadas. O conhecimento desses determinantes e como eles influenciam nos resultados de saúde, permitirá melhorar as estratégias e intervenções para alcançar os ODS.