Avaliação da Prevalência da Auto-Medicação e Factores Associados a Sua Prática na Cidade de Maputo
Publication year: 2014
Theses and dissertations presented to the Universidade Eduardo Mondlane to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Self-medication is recognised as an important public health problem as studies carried out in different countries have been reporting higher prevalence rates. Although self-medication in Mozambique has been perceived as a common practice, few studies have been undertaken to ascertain the degree of prevalence among different users of self-medication. For instance, an inadequate self-medication, such as wrong prescription, is a problem that can be prevented because without prevention it can have side effects such as iatrogenic diseases and the obstruction of diseases diagnosis that leads to increased costs of delayed treatment.
The present study assessed the degree of prevalence of self-medication and the factors related to this practice among users that seek to purchase drugs in any pharmacy in Maputo city. The study had also assessed the socio-demographic characteristics of people who self-medicate and the reasons they present for this practice.
To achieve the objectives of the study, qualitative and quantitative methods have been used and the data have been gathered using structured and semi-structured questionnaires, and the sample was determined by statistical probability. The pharmacies included in the study were selected randomly and the participants included in the sample were ordered consecutively in observance of the inclusion and exclusion criteria described in the sample selection methodology.
The results of the study are as follows. The prevalence of self-medication in the sample was 77%, and such prevalence was high among users aged between 25-50 years old which account for 42.9%. Of 77 who self-medicated, 44.2% presented as the reason for self-medication the fact of suffering of mild disease. 24.7% of users give as the reason for self-medication the fact of having been prescribed that specific drug before.
With these results, it is expected that the study contributes to alerting the public and health authorities about the danger posed by the self-medication and the need for the definition of adequate strategies for responsible self-medication among users of Maputo city’s pharmacies.
A automedicação é reconhecida como um problema de saúde pública tendo sido reportadas prevalências elevadas em estudos realizados em diferentes países. Em Moçambique, existe a percepção de que esta prática é comum mas poucos estudos procuram medir a prevalência da automedicação. A automedicação inadequada, tal como a prescrição errónea, é um problema a ser prevenido pois pode ter consequências tais como o surgimento de enfermidades iatrogénicas e a ocultação de doenças evolutivas aumentando a complexidade e o custo do seu tratamento tardio.
O presente estudo avalia a prevalência de automedicação e os factores associados a esta prática em utentes que procuram farmácias na cidade de Maputo. O estudo descreve ainda as características sócio-demográficas das pessoas que se automedicam e as razões por elas apresentadas para a automedicação.
Para alcançar os objectivos definidos foram usados métodos quantitativos e qualitativos e os dados foram colhidos usando questionários estruturados e semi - estruturados, com uma amostra feita na base da probabilidade estatística. As farmácias foram escolhidas de forma aleatória, tendo os participantes sido incluídos no estudo de forma consecutiva em observância aos critérios de inclusão e exclusão descritos na metodologia de selecção da amostra.
Neste estudo a prevalência de automedicação foi de 77%, tendo sido maior nos utentes na faixa etária de [25 – 50] anos (42.9 %). Os analgésicos, anti-inflamatórios (45,5%) e antibióticos (18,2%) foram os fármacos mais procurados.
Dos 77 utentes participantes no estudo que se automedicaram, 44.2% apresentaram como razão o facto de apresentarem uma doença ligeira. De referir que 24.7% referiram como razão para a auto-medicação o facto de o medicamento ter-lhes sido anteriormente receitado. 87% Dos participantes que
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referiram ter comprado os medicamentos sem prescrição fazem-no por iniciativa própria.
Outras razões apontadas para automedicação incluem, longo tempo gasto à espera