Inquerito nacional sobre indicadores de malaria (IIM) 2018
Publication year: 2019
Instituto Nacional de Saúde (INS) em colaboração com o Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM) e o Instituto Nacional de Estatística (INE), realizou o Inquérito Nacional de Indicadores de Malária (IIM 2018). O IIM 2018 foi um inquérito de base populacional concebido para obter estimativas de indicadores de malária no contexto nacional, provincial, urbano e rural, de modo a complementar os dados de rotina, que são usados para influenciar os fazedores de política e servir de linha de base do Plano Estratégico da Malária 2017-2022.
Os resultados apresentados no presente relatório revelam a heterogeneidade da malária, o que significa que a análise sobre a doenca deve ser feita de forma granular e ao nível geográfico mais baixo quando possível.
Os resultados também mostram que registaram-se progressos na área de prevenção e manejo de casos de malária na população geral, assim como na mulher e criança, mas também apresentam desafios a tomar em consideração nos próximos anos. Por exemplo, os dados do IMASIDA e IIM mostram que a percentagem de agregados familiares com pelo menos uma rede mosquiteira tratada com insecticida de longa duração para cada duas pessoas, aumentou de 37,9% em 2015 para 51,0% em 2018, a percentagem de mulheres que receberem 3+ doses de TIP durante uma consulta pré-natal, aumentou de 22,4% em 2015 para 40,6% em 2018 e a percentagem de crianças menores de cinco anos com febre e que foi-lhes procurado o aconselhamento ou tratamento passou de 62,7% em 2015 para 68,6% em 2018. Em contrapartida a percentagem de agregados familiares com habitações pulverizadas não mostrou grandes variações nos últimos anos, tendo a cobertura pelo PIDOM, passado de 19% em 2011 para 16% em 2018 e algumas províncias como Cabo Delgado e Manica registaram um aumento acentuado da prevalência de malária em crianças menores de cinco anos, que passou de 25,1% e 25,2% em 2015 para 57,3% e 47,6% em 2018, respectivamente.
O sucesso do IIM deveu-se ao excelente empenho e dedicação dos inquiridores, supervisores provinciais e nacionais, motoristas, o pessoal da logística, assim como os técnicos do INS, PNCM e INE, que não pouparam esforços para o alcance dos objectivos do inquérito.
O nosso obrigado a população Moçambicana pela excelente colaboração e disponibilidade em participar no inquérito. O nível de aceitação em responder às várias perguntas dos diferentes instrumentos de recolha de dados e a permissão na recolha de amostras de sangue em crianças para testagem de malária, satisfez as nossas expectativas iniciais, o que garante que os resultados apresentados neste relatório reflectem efectivamente a situação geral do país em relação a malária.