O Inquérito sobre o Impacto do HIV e SIDA em Moçambique (INSIDA 2021) foi um inquérito nacional baseado nos agregados familiares, conduzido entre Abril de 2021 e Fevereiro de 2022, visando medir o impacto da resposta nacional ao HIV. O INSIDA 2021 ofereceu aconselhamento e testagem de HIV com entrega de resultados e efectuou a recolha de informações sobre a adesão aos serviços de cuidados e tratamento do HIV. Além disso, o inquérito estimou a incidência nacional do HIV assim como a prevalência nacional e provincial de HIV entre adultos (definidos como os indivíduos com 15 ou mais anos) e a prevalência da supressão da carga viral (SCV) , definida como HIV ARN <1.000 cópias pormL de sangue, entre adultos vivendo com HIV. Este foi o terceiro inquérito nacional sobre o HIV realizado em Moçambique após o IMASIDA 2015 e o INSIDA 2009. Os resultados destes inquéritos fornecem informações sobre o progresso nacional e provincial relativamente ao controlo da epidemia do HIV. O INSIDA 2021 foi liderado pelo Governo de Moçambique, através do Instituto Nacional de Saúde (INS), em colaboração com o Ministério da Saúde (MISAU), o Conselho Nacional de Combate ao HIV e SIDA (CNCS) e o Instituto Nacional de Estatística (INE). O inquérito foi realizado com o financiamento do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) para o Alívio da SIDA (PEPFAR), com assistência técnica dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA e do ICAP da Universidade de Columbia. A implementação do INSIDA 2021 contou ainda com o apoio do Governo de Moçambique e dos Serviços e Direcções Provinciais e Distritais de Saúde, Unidades Sanitárias e autoridades locais e comunitárias. O Governo de Moçambique e parceiros nacionais e internacionais de desenvolvimento participaram no Comité Executivo Nacional e nos Grupos Técnicos de Trabalho durante a implementação do inquérito. O INSIDA 2021 utilizou um desenho de amostra probabilística de quatro estágios, onde primeiro foram seleccionadas áreas de controlo (ACs) ou unidades primárias de amostragem (UPAs) dentro de cada uma das 11 províncias do país, com base numa amostra mestre com representatividade nacional mantida pelo INE. No segundo estágio de amostragem, as áreas de enumeração (AEs) ou unidades secundárias de amostragem (USAs) foram seleccionadas aleatoriamente de cada uma das ACs seleccionadas e, posteriormente, no terceiro estágio, foi compilada uma lista das unidades habitacionais. No quarto estágio, foi seleccionado um agregado familiar em cada unidade habitacional da amostra. Após este processo de amostragem, existiam 311 AEs com uma média de 35 agregados familiares por AE, com excepção da província de Cabo Delgado onde foram selecionados uma média de 58 agregados familiares por AE (Quadro 2.1)...