Este estudo desenvolvido para a elaboração da dissertação para o MESTRADO EM SISTEMAS DE SAÚDE, com vistas à obtenção do título de mestre. Este Mestrado resulta de um projeto de cooperação internacional entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde do Brasil, e o Instituto Nacional de Saúde (INS), do Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU). É financiado maioritariamente pelo International Development Research Center (IDRC), do Canadá, com contribuições também da Fiocruz e do INS.

Duas unidades da Fiocruz participam dessa cooperação:

a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), localizada no Rio de Janeiro/RJ e o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM), localizado em Recife, Pernambuco. Objetiva fazer um diagnóstico da situação das relações de trabalho das trabalhadoras de enfermagem de saúde materno-Infantil no distrito da Matola, Província de Maputo, buscando compreender a realidade atual e perspectivas futuras de melhoramento desta situação. É um estudo de caso, combinando com aportes de dados estatísticos para subsidiar a dissertação. Portanto, é um estudo descritivo que busca fazer um diagnóstico da situação das condições de trabalho dos profissionais enfermeiros que atuam no Saúde Materno-Infantil em Moçambique. A população estudada foi constituída de 37 enfermeiras de SMI no Distrito da Matola, prestando serviços nos Centros de Saúde de Machava II, Matola II e Ndlavela. Os dados foram colhidos por meio de um questionário aplicado entre elas. Os dados indicam que a maior parte das enfermeiras são jovens, 62,1% têm menos de 35 anos; estão interessadas em continuar os estudos (91,9%), em melhorarem seu desempenho. Mostram-se satisfeitas em exercer a função na qual estão formadas e formalmente nomeadas na instituição. Porém, apontam aspectos negativos em relação as condições de trabalho, por exemplo, a inadequação da infra-estrutura, disponibilidade de material de trabalho e baixos salários. O estudo aponta para a necessidade de revisão do regulamento de continuação de estudo, principalmente no que toca aos desvios permitidos, se possível precedido de um debate junto dos próprios funcionários. Além disso, aponta para a necessidade de aprofundar questões sobre as condições de vida e saúde dos trabalhadores.