Introdução:

O objectivo do estudo foi de avaliar os níveis de iodo urinário em crianças de 3 aos 10 anos, com e sem desnutrição, na Cidade e Província de Maputo, Moçambique.

Métodos:

Foram analisadas urinas de 58 crianças em relação aos níveis de iodo na urina. Foram também analisados outros aspectos, tais como a os tipos de desnutrição, a suplementação de nutrientes, dieta, os hábitos alimentares e a renda familiar. Para além dos procedimentos descritivos, a análise estatística incluíu os testes de Kruskall-Wallis e Mann-Whitney e a correlação de Pearson.

Resultados:

Observou-se que 44/58 (75,8%) apresentam historial de ingestão excessiva de alimentos ricos em iodo e destas 72,4% apresentaram excesso de excreção de iodo na urina, o que indica um risco de hipertiroidismo iodo-induzido e tireodite crónica auto-imune.

Conclusão:

O estudo revelou que o nível de iodo excretado na urina foi menor nas crianças com desnutrição ligeira quando comparadas com as formas moderada e grave de desnutrição, embora não houvesse uma diferença estatisticamente significativa. Os resultados mostram a necessidade de se fazerem levantamentos periódicos e uma monitoria contínua sobre a excreção de iodo na urina para evitar potenciais riscos para a saúde.