Conhecimento da serologia para o HIV e uso de preservativos entre as Mulheres Trabalhadoras de Sexo vivendo com o HIV em três zonas urbanas de Moçambique, 2011-2012

Ano de publicação: 2018
Teses e dissertações em Português apresentado à Universidade Eduardo Mondlane. Faculdade de Medicina para obtenção do título de Mestre. Orientador: Rezende, Érika Luíza Lage Fazito

O presente trabalho trata-se de uma análise secundária de dados de inquéritos transversais realizados com Mulheres Trabalhadoras de Sexo, em Moçambique, em 2011-2012, o qual foi realizado em três áreas urbanas de Moçambique, Maputo, Beira e Nampula. A análise secundária foi desenvolvida em 2016, em Maputo, com o objectivo principal de, analisar os factores associados ao conhecimento da serologia para o HIV e ao uso de preservativos, assim como descrever o acesso aos serviços de saúde entre as MTS vivendo com o HIV que participaram nos Inquéritos Integrados Biológicos e Comportamentais-IBBSS) conduzidos em três cidades de Moçambique, 2011 e 2012. No presente estudo foram incluídos os dados de todas as MTS com idades compreendidas entre 15-49 anos de idade, que participaram do inquérito IBBS-MTS, e que receberam um resultado positivo para o teste de HIV realizado durante o inquérito.

O tamanho da amostra nas três cidades foi de 336 MTS vivendo com o HIV:

142 em Maputo, 115 na Beira e 79 em Nampula.As MTS com 25 ou mais anos de idade (AOR: 2.5, P=0,008), as que receberam preservativos gratuitos (AOR: 2.4, P=0,008), tinham mais chances de conhecerem o seu seroestado. Mais da metade das MTS-C (57,9%) procurou algum serviço de saúde nos últimos seis meses anteriores ao inquérito, 98,7% das MTS normalmente procuraram estes serviços nos hospitais ou centros de saúde públicos, e a maioria das MTS-C estava a tomar antirretrovirais no momento do inquérito (52,6%). O menor risco de ter sexo desprotegido com o UPC esteve associado a não estar a usar um método contraceptivo sem ser o preservativo (AOR: 0,6; p=0,05). Ter um nível de escolaridade secundário ou mais (AOR: 0,5; p=0,02) foi factor de protecção para sexo desprotegido com UPNC
The present work is a secondary analysis of data from cross-sectional surveys conducted with female sex workers (FSW) in Mozambique in 2011-2012, which was carried out in three urban areas of Mozambique, Maputo, Beira and Nampula. The secondary analysis was developed in 2016 in Maputo with the main objective of analyzing the factors associated with the knowledge of HIV serology and the use of condoms, as well as describing access to health services among FSW living with HIV who participated in the Integrated Biological and Behavioral Surveys (IBBSS) conducted in three cities of Mozambique, 2011 and 2012. The present study included data from all FSW aged 15-49 years who participated in the IBBS- FSW, and that they received a positive result for the HIV test performed during the survey.

The sample size in the three cities was 336 FSW living with HIV:

142 in Maputo, 115 in Beira and 79 in Nampula. FSW with 25 or more years of age (AOR: 2.5, P = 0.008), those who received free condoms (AOR: 2.4, P = 0.008), were more likely to know their serostatus. More than half of the FSW (57.9%) sought health care in the last six months prior to the survey, 98.7% of FSW typically sought these services in hospitals or public health facilities, and most FSW was taking antiretroviral at the time of the survey (52.6%). The lower risk of having unprotected sex with the last customer partner was associated with not using a contraceptive method other than the condom (AOR: 0.6, p = 0.05). Having a secondary education level or higher (AOR: 0.5, p = 0.02) was a protective factor for unprotected sex with last non-customer partner.

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