Directriz de implementação da carga viral de HIV em Moçambique

Ano de publicação: 2015

Em 1986 foi diagnosticado o primeiro caso de infecção pelo HIV em Moçambique. Actualmente, estima-se que cerca de 1.4 milhões de pessoas vivem com o HIV/ SIDA, sendo que destas, 200.000 são crianças (0-14 anos), 460.000 homens e 770.000 são mulheres1. De acordo com o Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre o HIV e SIDA de 2009 (INSIDA2009), a seroprevalência do HIV em Moçambique é estimada em 11.5%, sendo mais elevada nas áreas urbanas (U:R= 15.9%:9.2%), e em mulheres (H:M=9.2% : 13.1%:).1 O tratamento anti-retroviral (TARV) foi introduzido no país de forma gradual, em 2003. As opções terapêuticas para HIV e SIDA são limitadas a um regime de primeira linha, com esquemas alternativos e a um regime de segunda linha para situações de falência terapêutica à primeira linha de tratamento. Com o aparecimento de casos de resistência à segunda linha, em 2013 introduziu-se a terceira linha de tratamento Anti-retroviral em Moçambique. Actualmente, o número de pacientes em TARV é de cerca de 646.312 (Relatório anual do PNCITS HIV/SIDA, 2014) com uma cobertura de TARV a nível nacional de cerca de 65%. De acordo com o relatório de consumo de anti-retrovirais gerado pela Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM), até Dezembro de 2014 menos de 1% dos pacientes em TARV se encontravam em tratamento de segunda linha. Em função dos dados referentes a países de baixo e médio rendimento que estimam que cerca de 5-10% dos pacientes em TARV há mais de 12 meses estão em falência terapêutica, 2 o país está muito aquém do cenário de identificação de falências, incorrendo aos riscos inerentes de disseminação de estirpes resistentes....

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