Directriz para engajamento do homem nos cuidados de Saúde

Ano de publicação: 2018

A Organização Mundial de Saúde reporta que em várias partes do mundo os indicadores de saúde dos homens e rapazes são mais baixos quando comparado com o das mulheres e raparigas. Todavia, estas disparidades têm recebido pouca atenção dos programas de saúde nacionais, regionais, globais e dos provedores de saúde. Globalmente, 36.9 milhões de pessoas vivem com HIV, destas cerca de 16.9 milhões são homens e rapazes adolescentes apartir dos 15 anos, totalizando 49% das PVHIV (Pessoas Vivendo com HIV) acima de 15 anos. Outrossim, cerca de 52% das novas infecções ocorrem em homens entre 15-49 anos (ONUSIDA, 2016), e este facto influencia o número de novas infecções em raparigas adoles-centes e mulheres jovens. Homens e rapazes têm acesso limitado aos cuidados de saúde e estes não estão organizados para recebê-los, pois as desigualdades de género e normas de masculinidade nocivas reforçam as barreiras para utilização de cuidados de saúde e contribuem para a epidemia do HIV. Estas normas de masculinidade colocam os homens e as suas parceiras em risco de contrair o HIV/SIDA(ONUSIDA, 2016). As noções de poder, desigualdade de género, articulados a outras, tais como etnia, orientação sexual, classe, geração, religião, etc. são elementos para entender os processos de saúde e doença dos diferentes segmentos de homens (SCHRAIBER et al. 2005)....

Mais relacionados