Relatório anual das actividades relacionadas ao HIV/SIDA - 2015
Ano de publicação: 2016
O presente ano (2015) revestiu-se de grandes desafios e realizações na implementação dos Planos de Aceleração da Resposta ao HIV/SIDA (2013-2017) e Eliminação da Transmissão Vertical (2012-2015). Este foi um ano crucial para o Plano Nacional de Eliminação da Transmissão Vertical por ter sido o ano final da sua implementação, o que suscita uma análise do cumprimento das metas, das lições aprendidas e possíveis redefinições de políticas e estratégias do sector. Este relatório foi elaborado no quadro das actividades programáticas e visa, essencialmente, informar sobre as realizações, os progressos alcançados e os desafios enfrentados na execução dos planos sectoriais, tendo foco a análise das metas fixadas para o ano 2015. Importa salientar que, durante o ano 2015, houve uma expansão dos serviços de cuidados e tratamento para o HIV. Até o final do ano, o número de unidades sanitárias oferecendo TARV subiu para 937, representando uma cobertura da rede sanitária de 65%, contra 52% em Dezembro de 2014. Esta expansão foi acompanhada pelo aumento no número de adultos a receberem o TARV, isto é, de 585.544 em Dezembro 2014 para 738.386 no fim de Dezembro 2015. O número de pacientes cumulativos em TARV pediátrico teve um aumento menor, de 60.768 para 64.273 no mesmo período. A cobertura de TARV pediátrico e adulto ao nível da população elegível foi estimada em 83% e 84%, respectivamente. Na área da PTV, houve continuidade na implementação das actividades desenhadas no Plano de Eliminação, bem como expansão de unidades sanitárias a oferecer a Opção B+ em todo o país, fazendo um total de 926 US. Com esta expansão, a cobertura populacional da PTV, segundo os modelos epidemiológicos e estatísticas programáticas, foi estimada em 94% no fim do ano 2015. Entretanto, ainda há desafios na implementação da PTV, como o alcance desigual das metas nas diferentes províncias, assim como constrangimentos no fluxo do Diagnóstico Precoce Infantil. Apesar do crescimento registado nos últimos anos, apenas 67% das crianças expostas colheram amostras de PCR com idade menor de oito semanas em 2015. As actividades colaborativas TB/HIV registaram progressos. Dos pacientes sem diagnóstico de TB, 45% receberam tratamento profiláctico com Isoniazida contra 29% em igual período de 2014, alcançando a meta de 45% estipulada. Do lado dos serviços de TB, 99,5% dos pacientes fizeram o teste de HIV, onde 50% foram diagnosticados com HIV, dos quais 91% iniciaram o TARV. Apesar destes progressos, continuam a prevalecer desafios, sendo mais marcante o decréscimo em 54% dos pacientes rastreados para TB na última consulta de cuidados e tratamento para HIV, contra 65% em 2014. Na componente de aconselhamento e testagem para HIV, verificou-se um bom desempenho no cumprimento da meta anual, na ordem de 116% (6.630.337 pessoas testadas). Em termos do diagnóstico do HIV, 7,3% dos testes feitos foram positivos, com o serviço de UATS demostrando a seropositividade mais alta (17,6%). Apesar destas melhorias, desafios persistem no que concerne ao reporte de dados. Em relação à área de ITS, apesar de melhorias no desempenho desta componente prioritária, os desafios a ultrapassar ainda são muitos como se pode verificar na análise dos dados, onde só se conseguiu diagnosticar e tratar 762.402 pessoas em 2015, o que representa 69% da meta do período contra 639.145, ou 61% da meta, em 2014...
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