O ano de 2014 foi um ano de grandes desafios na implementação do Plano de Aceleração da Resposta ao HIV/SIDA (2013-2017) e Plano Nacional de Eliminação da Transmissão Vertical (2012-2015) por ter sido crucial para o alcance das metas traçadas e decisivo para o seu cumprimento. O objectivo do presente relatório é de mostrar na sua maioria as actividades realizadas, progressos e dificuldades em relação a execução destes dois planos e em termos do alcance das metas preconizadas para 2014. É de salientar que durante o ano houve uma expansão dos serviços de cuidados e tratamento para o HIV. Até Dezembro, o número de unidades sanitárias oferecendo TARV subiu para 753 representando uma cobertura da rede sanitária de 52% contra os 39% no final de 2013. Esta expansão foi acompanhada por aumento no número de beneficiários de TARV. Por um lado, o número de crianças em TARV pediátrico subiu de 41.400 no final de 2013 para 60.768 até Dezembro de 2014 e por outro lado o número de adultos em TARV subiu de 456.055 para 585.544 durante o mesmo período. Assim sendo, a cobertura de TARV pediátrico e adulto ao nível da população estima-se em 48% e 67% respectivamente. Na área do PTV houve continuidade na implementação das actividades desenhadas no Plano de Eliminação, bem como expansão de unidades sanitárias a oferecer a Opção B+ em todo o país, com 742 das US a implementar TARV. Com esta expansão, a cobertura populacional da PTV, segundo os modelos epidemiológicos e estatísticas programáticas, estima-se em 97% no fim de 2014. No ano transacto, ultrapassou-se a meta dos 80% de oferta TARV como profilaxia preferida para as beneficiárias da PTV na CPN. Entretanto ainda há desafios na implementação da PTV, como o alcance desigual das metas nas diferentes províncias, assim como constrangimentos no fluxo de Diagnóstico Precoce Infantil apesar do crescimento registado nos últimos anos com 45% das crianças com menos de dois meses a colherem amostras de PCR em 2014. As actividades colaborativas TB/HIV mostraram em 2014 algum progresso apesar dos desafios. No que se refere a pacientes novos inscritos rastreados para TB no sector de HIV notou-se um aumento na ordem de 15%, pois neste período 65% dos pacientes foram rastreados para TB na última consulta contra 50% em igual período de 2013. Dos pacientes sem diagnóstico de TB, 29% receberam tratamento profiláctico com isoniazida contra os 17% de 2013, não tendo sido alcançada a meta estipulada para este período (35%). Do lado dos serviço de TB, 96% dos pacientes foram testados para o HIV, 52% destes foram diagnosticados com HIV e 81% destes se beneficiaram do TARV. Na componente de aconselhamento e testagem para HIV, verifica-se um bom desempenho com cumprimento da meta na ordem de 102% (5.726.580 de pessoas testadas). Em termos do diagnóstico do HIV, 8,5% dos testes feitos foram positivos, com os serviços da TB e do UATS mostrando as sero-prevalências mais altas (30,6% e 23,0% respectivamente). Apesar destas melhorias desafios persistem no que concerne ao reporte de informação...