Na altura da Independência nacional, o País tinha apenas umas poucas dezenas de moçambicanos com formação superior. Hoje temos vários milhares de licenciados, centenas de mestrados e mais de 300 doutorados nacionais. O País independente investiu na formação de quadros. As centenas de doutorados são produto deste investimento do Estado, da cooperação internacional e do esforço e dedicação dos professores em todos os níveis, dos próprios doutorados e das suas respectivas famílias. Urge conhecer este conjunto de quadros — tanto os que se encontram no País, como os que estão na Diáspora - para poder valorizar o seu potencial e maximizar o seu contributo para o desenvolvimento da . Nação moçambicana. É de notar que muitos dos moçambicanos que se doutoraram fizeram-no com distinção e louvor (cum laude, magna cum laude e alguns até summa cum laude). Cumprindo o seu dever patriótico, a grande maioria dos doutorados batalha em Moçambique para o progresso do País. Para poder avançar com a criação de universidades públicas no Norte e no Centro do País, é importante sabermos com quem poderemos contar. Quais são os quadros nacionais mais formados em cada área? Quem são os nacionais e estrangeiros que fizeram investigações sobre o Norte e o Centro do País? Face à inexistência dum banco de dados de quadros nacionais, parecia- me útil, no contexto da preparação da criação da universidade pública no Norte do País (Universidade Lúrio) compilar uma relação de teses de doutoramento de moçambicanos, e completá-la com uma lista de teses de doutoramento elaboradas por estrangeiros, relativas a Moçambique. Já tinha realizado um trabalho similar para a União Africana de Matemática, tendo compilado um banco de dados referente a 2200 teses de doutoramento de matemáticos africanos (African doctorates in mathematics. A catalogue, African Mathematical Union & African Academy of Sciences, 2006). O livro incluí também uma análise do desenvolvimento matemático do continente.