Estudo de comportamento de busca de cuidados em moçambique: relatório final e recomendações

Ano de publicação: 1998

Segundo o Relat6rio do UNICEF sobre a situação da criança no mundo, " dois quintos da população mundial, em 90 países da Africa Sub-Sahariana, Asia, América Central e América do Sul, esta em risco de contrair malaria. Pelo menos 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofre de febres, mal-estar geral, anemia, convulsões ou coma". A Malaria mata no mundo, entre 1.5 a 2.7 milhões de pessoas por ano, sendo no Terceiro Mundo a sexta causa de anomalia entre crianças de idade inferior a quatro anos. Segundo o mesmo Relatório, cerca de 600.000 crianças morrem só de malaria, por ano e mais de um milhão de crianças da mesma faixa etária morrem de malaria conjugada com outras doenças. Em Moçambique, a malaria ocupa o primeiro Iugar entre as cinco maiores causas de morbi-mortalidade infantil, sendo responsável por 70% de todas as admissões em serviços de pediatria e por 18% dos óbitos em crianças menores de cinco anos de idade. Ela constitui também a principal causa de anemia nas crianças e mulheres gravidas; do baixo peso a nascença e dos abortos. Varias estratégias de combate e controlo a malaria já foram experimentadas em todo o mundo, mas os parasitas causadores da doença já desenvolveram resistência a muitas delas. A estratégia do Ministério da Saúde tem sido baseada na pulverização domiciliar, nas zonas consideradas endémicas e urbanas, sem muito sucesso nos últimos tempos. A eficácia e aceitação das redes mosquiteiras tratadas com inseticida esta ainda em estudo em algumas zonas do país e espera-se que a sua introdução venha a constituir uma estratégia alternativa. Foram definidas normas de tratamento da malaria, nas Unidades Sanitárias, no entanto, as estratégias para promover a condução correcta das doenças febris e das convulsões na família e na comunidade continua em estudo. O objectivo deste estudo e analisar, com detalhe, o comportamento de busca de cuidados para casas de doenças febris e ou convulsões em menores de cinco anos de idade e os factores que influenciam as escolhas de tipos de tratamento que as famílias buscam, para produzir recomendações para as acções de informação, Educação e Comunicação (IEC) e de Atenção integrada as Doenças de infância (AIDI) a nível da Unidade Sanitária e da Comunidade.

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