A morte prematura por Doenças Não Transmissíveis (DNTs), continua a ser um dos principais desafios para o desenvolvimento a nível global, ceifando por ano perto de 15 milhões de vidas em idades compreendidas entre 30 e 70 anos. Moçambique não permanece inócuo pois já é notável a transição epidemiológica com o duplo peso das doenças transmissíveis e não transmissíveis. Em África o peso das Doenças Cardiovasculares, Diabetes Mellitus, Doenças Respiratórias Crónicas e o Cancro tem estado a aumentar de forma desproporcional entre os países de baixa e média renda, afetando sobretudo os grupos populacionais mais pobres e vulneráveis, impulsionado por factores como a pobreza, a globalização do mercado, o comércio de produtos prejudiciais à saúde, a crescente urbanização, crescimento e envelhecimento da população. Em Moçambique, à semelhança de muitos países, o desenvolvimento económico está a trazer grandes benefícios, mas também mudanças negativas na dieta e estilos de vida. É estimado que cerca de um terço das mortes no país sejam causadas pelas DNTs, e o risco de mortalidade prematura, ou seja, o risco de morte por DNTs antes dos 70 anos de idade, é de 18%. Este facto é preocupante pois maioria destas mortes prematuras e incapacidade por DNTs, pode ser evitada ou adiada através da redução da exposição aos factores de risco como consumo excessivo de álcool, consumo do tabaco, dieta não saudável e inatividade física.