Bases para o planeamento de estratégias de educação sanitaria alimentar em Moçambique (confecção, venda e consumo de alimentos no espaço público)
Bases for planning food health education strategies in Mozambique (cooking, selling and consuming food in public spaces)

Ano de publicação: 2014
Teses e dissertações em Português apresentado à Instituto superior de ciências da saúde egas moniz para obtenção do título de Mestre. Orientador: Bernardo, Fernando

Garantir a segurança dos alimentos é essencial para proteger a saúde humana e melhorar a qualidade de vida de todos os povos ou de todas as sociedades. Nas sociedades com menores índices de desenvolvimento, a venda de “alimentos de rua tem-se configurado como uma actividade com importância socioeconómica, sanitária e nutricional. Principalmente nos países em desenvolvimento, este comércio constitui relevante fonte de renda, sendo favorecido pelos elevados índices de desemprego, escassez de postos de trabalho formais, baixo poder aquisitivo da população, acesso limitado à educação e ao mercado de trabalho formal, além das migrações campo-cidade. O hábito de ingerir refeições fora de casa é uma tendência que cresce a cada dia, seja pela necessidade de comer no posto de trabalho ou num local próximo, seja pela falta de tempo associado aos preços baixos que são aplicados na oferta deste tipo de refeições. Este comportamento vem provocando o aumento do número de estabelecimentos de alimentação colectiva (barracas) em mercados ambulantes e outras formas de venda e distribuição nos grandes centros urbanos, sendo uma actividade económica que emprega centenas de pessoas. Nas sociedades em vias de desenvolvimento, a limitada oferta de trabalho, leva a população a buscar alternativas económicas como o comércio informal de venda de alimentos. A venda de alimentos nas ruas é uma característica do estilo de vida de países com alto índice de desemprego, baixos salários e rápida urbanização. A venda de comida da via pública tornou-se, para muitos, a única oportunidade de trabalho, o que explica o elevado contingente de vendedores ambulantes nesta área nos mercados da cidade de Maputo...
Ensuring food safety is essential to protect human health and improve quality of life in all societies. Concerning to societies in development the sale of “street foods” configured an activity with considerable socio-economic, health and nutritional impacts. Particularly in developing countries, this trade is a relevant source of income, being favored by high unemployment, lack of formal work stations, low purchasing power, limited access to education and the formal labor market, besides the migration from field to cities. The habit of heaving meals out of home is a trend that is growing every day, it is the need to eat in the workplace or close to, or the lack of time associated with low prices that are applied in the provision of such meals. This behavior has led to the increase in the number of catering establishments in street market sand other forms of sales and distribution in large urban centers, with an economic activity that employs hundreds of people. In developing societies, the limited offer of labor, leads people to seek economic alternatives in the informal trade of selling food, including ambulant food vendors. The sale of food in the streets is a lifestyle characteristic of countries with high unemployment, low wages and rapid urbanization. The food sale of public roads has become, for many, the only job opportunity, which explains the high number of street vendors in this area in Maputo city markets…

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