O novo coronavírus (SARS-CoV-2) causou uma pandemia que vem desestabilizando a saúde, economia e a circulação de indivíduos mundialmente. Os primeiros casos de COVID-19 foram detectados na China e declarada como pandemia em Março de 2020. Até o momento atingiu mais de 151 milhões de pessoas pelo mundo. O continente Africano continua sendo o menos afectado, contando actualmente com mais de 4,5 milhões de casos confirmados e mais de 121 mil mortes. Moçambique, contava até ao dia 30 de Abril de 2021 com um cumulativo de 69.917 casos e 814 óbitos, sendo que este número vem aumentando exponencialmente nos últimos dias. (1) Os sinais e sintomas da COVID-19 são principalmente respiratórios, incluindo também sintomas semelhantes a um resfriado comum, como febre e tosse. Nos casos mais graves, pode causar também infecção do trato respiratório inferior, como pneumonia, síndrome respiratória aguda grave, insuficiência renal e até levar o indivíduo a óbito. Em certas ocasiões pode-se verificar relatos de linfopenia, dor muscular, mal-estar, rinorreia, dor de garganta, dor no peito, aumento das secreções respiratórias, náuseas, vómitos e diarreia. As medidas actuais contra a doença objectivam o controlo da transmissão e envolvem principalmente acções individuais e sociais de higiene, distanciamento social e uso de máscaras, enquanto a busca por uma vacina se mostra como a esperança para vencer a pandemia. Os benefícios de uma vacinação são múltiplos, desde a prevenção da doença, redução da gravidade da doença nos indivíduos e mortalidade, para além de reduzir o impacto da pandemia no Sistema Nacional de Saúde e na economia, protegendo principalmente os grupos de maior vulnerabilidade. Em Moçambique, pouco se sabe sobre a aceitabilidade da população moçambicana para a administração da vacina para imunização da SARS-CoV-2. Um elemento determinante da cobertura de uma vacina é a aceitabilidade que esta possa ter na população, bem como o conhecimento geral da utilidade das vacinas. O processo de implantação e adequada cobertura vacinal dependem do conhecimento da população sobre a doença e suas repercussões na saúde, além da integração dos grupos vulneráveis. Um inquérito de percepções sobre a vacina é de extrema importância, visto que permite analisar a aceitabilidade desta por parte da população moçambicana