Atenção Integrada às Doenças da Infância (AIDI) - Caderno de Mapas para a Atenção Integrada à Criança Doente de 1 semana aos 2 meses e dos 2 meses aos 5 ano
Integrated Care for Childhood Diseases (AIDI) - Notebook of Maps for Integrated Care for Sick Children from 1 week to 2 months and from 2 months to 5 years

Ano de publicação: 2014

A Atenção Integrada às Doenças da Infância (AIDI) é uma abordagem integrada à sobrevivência, crescimento e desenvolvimento das crianças, que tem como objectivos a redução da mortalidade em crianças com idade inferior a 5 anos, a melhoria da qualidade, da eficácia e da eficiência da atenção nos serviços de saúde, a melhoria das práticas que dizem respeito à família e a comunidade, assim como da atenção prestada através do sistema de saúde. Essa abordagem integrada da atenção à saúde da criança, desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), caracteriza-se pela consideração simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, ao invés do enfoque tradicional que busca abordar cada doença isoladamente, como se ela fosse independente das demais doenças que atingem a criança e do contexto do país em que ela está inserida. A Estratégia AIDI em Moçambique está sendo implementado desde 1998 e está estruturada de acordo com os três componentes recomendados pela Organização Mundial de Saúde, nomeadamente: melhorar as competências dos profissionais de saúde, melhorar a prestação do sistema de saúde e melhorar as práticas familiares e comunitárias. Apesar dos progressos realizados nos últimos 15 anos, dado aos esforços desenvolvidos pelo Ministério da Saúde (MISAU), nos programas dirigidos à saúde da criança, uma em cada 10 crianças ainda morre antes do quinto aniversário, segundo o IDS 2011, devido a doenças comuns da infância ( pneumonia, diarréia, malária) e condições neonatais ( prematuridade, baixo peso ao nascer, infecções neonatais, e asfixia) das quais grande parte é atribuida a desnutrição. A AIDI continua a ser uma estratégia fundamental para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados às crianças nas unidades sanitárias de nível primário, na maioria dos países em desenvolvimento, e em Moçambique. As avaliações da sua implementação ao longo dos anos, tem demonstrado que melhora o desempenho dos profissionais de saúde e a qualidade dos cuidados das crianças. Se for implementada correctamente ainda pode reduzir a mortalidade infantil e melhorar o estado nutricional e vale a pena o investimento, pois custa até seis vezes menos por criança corretamente manejada. Desde da primeira edição do caderno de mapa o Ministério da Saúde tem vindo a actualizar as normas AIDI seguindo as revisões dos diferentes programas. Na última revisão de 2006 foram introduzido as componentes neonatal e HIV bem como as recomendações da OMS de 2005. Nessa última edição, sob a liderança do departamento de saúde da mulher e da criança em parceria com a OMS, UNICEF, USAID e MCHIP/Jhpiego, foi feita a revisão e actualização da Atenção Integrada à Criança de 1 semana aos 2 meses e dos 2 meses aos 5 anos, levando em conta as condições neonatais, as novas curvas de crescimento, as últimas versões das normas nacionais de malária, HIV, TB, vacinação e nutrição, assim como as recomendações de 2014 da OMS para o AIDI com base em novas evidencias científicas que surgiram desde 2008.O presente documento constituí, uma ferramenta dinâmica e importante de orientação que deverá ser usada por todos os profissionais e provedores de cuidados de saúde às crianças doentes menores de 5 anos à nível primário.

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